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O som de 50 vozes: pesquisa aponta desafios do empreendedorismo feminino

Estudo qualitativo do Sebrae RS deu luz à realidade de empreendedoras das classes C, D e E
Por Sebrae RS
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A realidade do empreendedorismo de quem sequer sabe que já está empreendendo. Assim pode ser definida a pesquisa “O som de 50 vozes”. O estudo inédito do Sebrae RS foi elaborado a partir de uma metodologia estritamente qualitativa junto a um universo específico de 50 empreendedoras entre 20 e 64 anos, das classes C, D e E de nove macrorregiões do Estado e de diferentes nichos de atuação.

O objetivo da pesquisa é aprofundar o entendimento sobre o perfil e as necessidades específicas do público empreendedor feminino gaúcho nestas classes econômicas, de modo que o Sebrae RS possa desenvolver soluções mais assertivas e customizadas. Entre os temas abordados, estão itens sensíveis da agenda feminina no mercado de trabalho, como sexismo, vulnerabilidade, múltipla jornada, limitações de crédito, empreendedorismo materno, além de pautas ligadas à comunidade LGBTQIA+.

Tendências qualitativas dos perfis entrevistados:

  • Comumente associado à ideia de autorrealização, a motivação para empreender, neste caso, aponta para uma tendência diretamente relacionada ao sustento para si e para a família;
  • Há clara limitação financeira para investimentos significativos nos negócios em que atuam;
  • Dado o contexto social, a formação profissional destas empreendedoras se dá de forma empírica e não por meio de instituições formais de cunho profissionalizante;
  • Pouca busca por formalização do negócio pela dificuldade em se pensar a longo prazo;
  • Alto nível de desconhecimento do que é e quais são os benefícios da formalização;
  • Baixo entendimento dos aspectos financeiros e de gestão dos negócios;
  • Este público possui uma trajetória empreendedora não-linear, acompanhando os fatores de “stress” que este público é submetido em diferentes fases da vida;
  • Empreender surge como uma forma de independência e de combate aos preconceitos, embora em muitos casos nem elas mesmas se reconheçam como empreendedoras;
  • Apesar das imensas limitações estruturais, essas mulheres demonstram boa capacidade de comunicação para vender a atividade fim (negócio), inclusive, com uso de ferramentas digitais (redes sociais).