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Iniciativa do IF de Frederico Westphalen fica em 3º na etapa nacional do Educador Transformador do Sebrae

Coordenador do projeto premiado, professor Getúlio Jorge Stefanello Júnior participou recentemente do Desafio Liga Jovem do Sebrae RS
Por Sebrae RS
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Projeto desenvolvido por professores e estudantes do Instituto Federal Farroupilha (IFFar) – Campus Frederico Westphalen, no Noroeste do Rio Grande do Sul, tem gerado impacto significativo na maneira como a agricultura e a pecuária são abordadas no âmbito educacional. Desde 2021, o projeto envolveu 77 propriedades rurais em 33 municípios, participação de 238 estudantes e agora começa a conquistar premiações relevantes.

É o caso do Prêmio Educador Transformador do Sebrae. O impacto da iniciativa chamou atenção em âmbito nacional da premiação. Tanto que, no fim de abril, o projeto, coordenado pelo professor Getúlio Jorge Stefanello Júnior, do IFFar – Campus Frederico Westphalen, ficou em terceiro lugar na categoria Educação Profissional na etapa Nacional do Prêmio Educador Transformador. O projeto envolve um grupo de 12 professores em 10 disciplinas e é desenvolvido no 3º ano do curso Técnico em Agropecuária.

Com ganhadores divulgados no dia 24 de abril, durante evento em São Paulo, o Prêmio Educador Transformador é uma iniciativa do Sebrae Nacional. O principal objetivo é identificar, valorizar e divulgar projetos educacionais transformadores, alinhados à Educação Empreendedora, que tenham sido implementados por professores em escolas públicas ou privadas de todo o País.

Desafio Liga Jovem

“Participei com outro projeto do Desafio Liga Jovem, iniciado em 2022 e que encerrou no ano passado. Ficamos entre os cem melhores. A experiência foi sensacional. Daí agora veio o Educador Transformar. Quando conheci o projeto Educador Transformador do Sebrae RS fiquei bastante interessado em participar, representando o projeto que já tínhamos trabalhado com alunos e demais professores, pois é uma forma de valorizar e chamar atenção para o trabalho de valor que fazemos”, salienta Getúlio.

Ainda de acordo com o professor, a inscrição da proposta no Prêmio Educador Transformador foi feita no sentido de entender se o projeto era relevante e interessante. Diante da resposta positiva, veio com a conquista do primeiro lugar nas etapas Estadual e Regional Sul do Educador Transformador e, consequentemente, a participação na final nacional com uma colocação de destaque.

“O reconhecimento do projeto demonstra que o grupo de 12 professores do IFFar-FW, no curso Técnico em Agropecuária, trabalham fortemente para uma educação ativa, transformadora e significativa, pois tem como propósito o desenvolvimento de competências junto aos estudantes, os técnicos agrícolas do futuro. Isso vai refletir em um profissional mais qualificado e um cidadão mais preparado para a vida. Educação é a base do desenvolvimento de um país”, destaca.

Educação transformadora

O destaque do projeto coordenado pelo professor Getúlio Jorge Stefanello Júnior no IFFar – Campus Frederico Westphalen consiste em uma abordagem abrangente de sistemas de produção e práticas de manejo de propriedades rurais, considerando fatores econômicos cruciais, como custos de produção e rentabilidade.

Em grupo, os estudantes fazem uma pesquisa sobre a propriedade rural, levantando todas as atividades econômicas desenvolvidas ao longo de um ano agrícola, bem como as máquinas, implementos, instalações e a topografia do local. Com isso, elaboram um diagnóstico técnico das atividades agropecuárias e, também, econômicas, com o intuito de verificar se a propriedade está em descapitalização, estagnada economicamente ou em processo de capitalização.

Posteriormente, os estudantes também analisam as possibilidades de melhoria para a propriedade, de forma análoga ao trabalho técnico de sua futura profissão. Importante destacar que a maior parte dos grupos tem como objeto de estudo a propriedade rural de um dos estudantes do grupo. Ou seja, é um estudo de caso real em que a teoria e prática andam juntas, podendo contribuir, ainda, para o processo de sucessão familiar, já que o estudante passa a entender mais ainda do negócio da família.

Participante do projeto, a aluna Alessandra Lapazini detalha a experiência de aplicar o projeto na propriedade rural de sua família, percebendo ganhos significativos.

“Tive a oportunidade de realizar este projeto na propriedade de minha família, o que contribui para identificarmos diversos pontos importantes na gestão da propriedade que no dia a dia não visualizamos. Essas questões podem ser muitas vezes vitais. No decorrer do trabalho, pudemos vivenciar na prática aquilo que aprendemos em sala de aula. Integrar esse projeto, com certeza, foi um diferencial em nossa formação”, ressalta Alessandra.

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