Amplamente empregados no contexto das grandes empresas, o comércio eletrônico e a inteligência de dados são cada vez mais parte do planejamento estratégico e da operação diária das pequenas empresas gaúchas. É o que aponta a 22ª edição Pesquisa de Monitoramento dos Pequenos Negócios do Sebrae RS. Segundo o levantamento, 77% das MPEs do Estado utilizam ferramentas digitais para venda de produtos e serviços.
“Os desafios dos últimos dois anos e a necessidade de se reinventar aceleraram tendências que já estavam em andamento nas empresas”, resume o diretor-superintendente do Sebrae RS, André Godoy. A crise causada pela pandemia, as alterações nas formas de trabalho e as mudanças no perfil e no comportamento de consumo estão entre os fatores que mostraram a necessidade do uso de dados como vantagem competitiva para a sobrevivência dos negócios. “Os pequenos negócios precisam estar atentos para a importância da utilização de dados e acompanhar as mudanças frenéticas do mercado, criando estratégias eficazes, visando o aumento da produtividade e das vendas”, explica.
Ampliar o percentual de faturamento oriundo dessas ferramentas e aproveitar ao máximo as oportunidades do mercado é o desafio posto ao segmento. Para a maioria dos empreendedores (41%), o uso de ferramentas digitais representa até 10% do faturamento mensal. Para 26% das MPEs, este valor é entre 11% e 30%, para 17% das MPES, de 31% a 60% do faturamento. Apenas para 17% dos pequenos negócios, a estratégia online corresponde a mais de 60% do seu faturamento do mês.
Inteligência de dados
O tema também figura como outra oportunidade para as MPEs gaúchas: 65% dos empreendedores disseram não fazer uso de dados gerados pelas ferramentas digitais para gerar conhecimento e informação para tomada de decisão no seu negócio. Quando perguntados “Quais dados e ferramentas utiliza?”, os empreendedores gaúchos apontaram Facebook (22%), Instagram (18%), Whatsapp (18%), Youtube (8%) e Google Ads e Analytics (6% somados) como suas ferramentas de maior utilização.
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